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“Não me envergonho do Evangelho, porque é o poder de Deus para a salvação de todo aquele que crê.” (Romanos 1:16)

Quando Paulo diz que não se envergonha do Evangelho, o que você acha que ele quer dizer com isso?

Pode parecer que seja algo do tipo: “Eu falo de Jesus em todo lugar; não tenho vergonha de dizer que sou crente.” “Eu sempre digo que sou evangélica, que Deus é tudo pra mim.”

Será que se trata mesmo de algo assim, esta declaração absoluta de Paulo com relação ao Evangelho?

Vamos entender melhor isso.

Hoje em dia, é comum as pessoas afirmarem que são crentes. Muitas dizem não sentir vergonha de confessar Jesus e que Deus é tudo pra elas. Muitas vão para as redes sociais falar de Jesus, de milagres recebidos, fazer orações em nome de Jesus, pregar a Bíblia, inclusive incentivar pessoas a buscar a Deus, e o fazem, segundo elas, “sem nenhuma vergonha”.

Sentir vergonha do quê? Se a pessoa só está falando coisas boas e motivacionais? Que anima e incentiva outras.

Mas disso se tratava o Evangelho que Paulo pregava? O Evangelho que o levou diversas vezes à prisão? O Evangelho que o levou a ser espancado múltiplas vezes e de várias maneiras? O Evangelho pelo qual ele perdeu a cabeça? E que, ainda assim, afirmou mais de uma vez não sentir vergonha deste Evangelho?

Se tratava de um Evangelho de “confessar ser crente ou evangélico”? Se tratava de falar de bênçãos e promessas? Era um Evangelho que dizia que Deus faria tudo o que a pessoa pedisse com fé? Era um Evangelho de frequentar uma “igreja”, ir a cultos e eventos? O Evangelho que Paulo pregava se tratava de transformação de vida nesta terra? Eram mensagens de motivação?

Será que Paulo foi açoitado, apedrejado, rejeitado, preso, quase morreu afogado e, por fim, perdeu a cabeça por pregar “todas essas coisas lindas”? Essas mensagens motivacionais, inclusive textos bíblicos fora de contexto? Esse tipo de palavra profética que as pessoas adoram ouvir para aliviar suas almas e corações enganados pelo pecado?

Será mesmo que era este tipo de mensagem que Paulo pregava? Da qual ele afirma não se envergonhar?

NÃO! Aliás, quem vai parar na prisão pregando bênçãos? Quem é apedrejado e rejeitado pregando um Deus que faz tudo e resolve tudo?

Bem capaz! Quem prega isso é amado, querido, aceito por todos.

Paulo nunca profetizou bênçãos neste mundo. Paulo nunca pregou “lindo”, nunca fez um culto maravilhoso com revelações e profecias. Paulo nunca ensinou que bastava dizer que era crente ou evangélico. Paulo nunca foi e nem iria para redes sociais oferecer Jesus como milagreiro. Ao contrário, Paulo condenou da pior forma possível tudo isso, lançando uma maldição terrível sobre quem o fizesse: “Anátema! Seja anátema todo aquele que prega outro evangelho.”

Mas então, que Evangelho era esse que Paulo pregava que lhe custou a cabeça, mas que ele não se envergonhava?

Paulo pregava a Verdade, o único evangelho que existe: CRISTO E ESTE CRUCIFICADO.

Paulo pregava a REAL CONDIÇÃO DO SER HUMANO: “mortos em delitos e pecados.”

Paulo pregava que NINGUÉM É BOM E QUE NINGUÉM BUSCA A DEUS SINCERAMENTE.

Paulo pregava que TODOS SEM EXCEÇÃO ESTÃO SEPARADOS E DESTITUÍDOS DA GLÓRIA DE DEUS.

Paulo afirmava que TODOS SÃO INIMIGOS DE DEUS, e que a única maneira de se reconciliar com Ele é ATRAVÉS DE JESUS CRISTO CRUCIFICADO.

Essa era a mensagem que Paulo pregava que lhe custou a vida (neste mundo, claro).

Paulo pregou o que ninguém gosta de ouvir. Por isso ele dizia: “Estou preso e sofro por causa do Evangelho, mas não me envergonho porque o Evangelho é o poder de Deus para a salvação.” “Não me envergonho porque sei em quem tenho crido.” (2 Timóteo 1:12)

Paulo nunca teria sido preso se pregasse bênçãos e prosperidade. Se andasse de igreja em igreja tendo visões e revelações do futuro para animar as pessoas. Nunca teria sido apedrejado se cantasse lindos louvores e pregasse coisas agradáveis aos ouvidos.

Vocês são inteligentes, pensem. Paulo sofreu o ministério todo até a morte porque PREGAVA O QUE AS PESSOAS NÃO QUERIAM OUVIR.

Mas ele morreu feliz, cumprindo seu chamado de pregar a verdade sem vergonha.

Lembra da nossa pergunta inicial? O fato de Paulo dizer que não se sentia envergonhado de pregar o Evangelho?

O que causaria mais vergonha?

  1. Pregar que Deus e Cristo irão fazer tudo o que você quiser, basta ter fé? (sendo isso o que as pessoas mais querem ouvir)
  2. Ou pregar a condição de morto em delitos e pecados diante de Deus, e que a ira dEle está sobre a pessoa caso ela não se arrependa e creia em Jesus para salvação? (tudo o que ela não quer ouvir)

Logicamente, falar de bênçãos e promessas não causa vergonha, não é mesmo? Todos querem ouvir isso.

Mas não era isso que Paulo pregava. Ele pregava a verdade e não se sentia envergonhado dela, pois era o único meio de salvação.

Algumas perguntas para reflexão:

  1. O que você prega ou ouve ser pregado por aí te deixaria bem com as pessoas, ou elas te desprezariam por isso?
  2. TU te sente constrangido em falar a mesma verdade que Paulo falava? Você teria coragem?
  3. Tu prefere ouvir palavras proféticas de bênçãos e vitórias ou sua real condição diante de Deus?
  4. Tu aplaude pastores que fazem mil promessas e apedreja pastores que pregam a morte espiritual e confrontam o pecado?
  5. Tu apoia “igrejas e pastores” que te bajulam falando bonito e critica aqueles que te mostram a verdade nas Escrituras? Verdades que você não gosta de ouvir?
  6. Quantos “Paulos” você já ajudou a açoitar?

Pois é, os “Paulos” de hoje, os verdadeiros, continuam sendo apedrejados, criticados, desprezados, mas… continuam MORRENDO PELA VERDADE SEM SE ENVERGONHAR.

Nossa honra está nos céus por toda a eternidade.

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