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“Bem-aventurados os que choram, porque serão consolados.” Mateus‬ ‭5‬:‭4

No cenário atual, a sociedade valoriza o riso. Os arautos do entretenimento comercializam alegria e gargalhadas, tudo em busca de lucro. O pináculo da existência transforma-se na busca pelo divertimento, e a meta imediata é alcançar o próximo ápice de euforia. O mundo não aprecia indivíduos melancólicos; eles são considerados estraga-prazeres.
Entretanto, o Filho de Deus reafirma: “Bem-aventurados os que choram, pois serão consolados”. Isso não implica que o cristão deva permanecer perpetuamente triste, como se estivesse em luto constante. O choro referido é o lamento que surge diante do próprio pecado. É a tristeza de alguém que, ao tomar consciência da pureza de Deus, reconhece a escuridão de sua própria transgressão. Isaías vivenciou isso ao ter uma visão da Divindade, onde até os anjos do céu cobriam seus rostos, clamando em solene adoração: “Santo, santo, santo”. A reação de Isaías foi de completa devastação (Is 6.5). É o pranto de alguém que, ao tentar atingir a pureza por esforços próprios, percebe sua incapacidade e lamenta: “Miserável homem que sou! Quem me livrará do corpo desta morte?” (Rm 7.24).
Além disso, pode haver um choro motivado por considerações mais abrangentes. Às vezes, os pecados do mundo, a falta de integridade, a injustiça, a crueldade, a mesquinhez, o egoísmo, tudo isso se acumula na consciência de uma pessoa sensível e a leva às lágrimas. A maioria prefere simplesmente condenar. Estamos dispostos a seguir Jesus através de Mateus 23 e repetir seus pronunciamentos de juízo; no entanto, hesitamos antes de concluir o capítulo e não nos unimos a ele quando chora pela cidade. Grandes líderes da história da igreja aprenderam a chorar — homens do calibre de Calvino, Whitefield, Wesley, Shaftesbury e Wilberforce.
O cristão, como um realista autêntico, chora pelos seus próprios pecados e os pecados e blasfêmias de sua nação. Chora pela erosão do conceito de verdade, pela avareza, ceticismo e falta de integridade. Chora pela escassez de lágrimas. No entanto, ele será consolado. E que consolo magnífico! Nenhum conforto ou alegria se compara ao que Deus concede àqueles que choram. Eles trocam o pano de saco do lamento por vestes de louvor, as cinzas do luto pelo óleo da alegria.
A Descoberta da Dor e a Bem-Aventurança do Choro
Jesus começou a ampliar seu campo de atuação na pregação. Se pudéssemos dizer que sua fama vem se expandindo, inicialmente apenas leprosos, doentes e endemoninhados começaram a procurá-lo. No entanto, chegou um tempo em que, à medida que a fama se espalhou, outros tipos de pessoas começaram a se aproximar: líderes, escribas e fariseus. Seu interesse não era tanto descobrir a verdade por trás desse homem, mas sim porque suas posições e status começaram a ser ameaçados.
Isso nos leva a uma reflexão sobre nossa própria motivação ao buscar Jesus. Muitas vezes, somos atraídos por Ele quando sentimos que nossas vidas, saúde, negócios ou posições estão ameaçadas. Jesus se torna a solução para os nossos problemas imediatos.
O interessante é que, independentemente do motivo pelo qual nos aproximamos de Jesus, ele está disposto a nos ouvir, desde que estejamos dispostos a ouvi-lo. Nessa ocasião específica, não sabemos com certeza se os escribas e fariseus estavam lá, mas é provável, considerando as palavras de Jesus às multidões.
Jesus começa a ensinar sobre como nossa justiça deve ser superior à dos escribas e fariseus, e é nisso que as bem-aventuranças se encaixam. Sentado para ensinar, ele proclama: “Bem-aventurados os pobres de espírito, porque deles é o reino dos céus.”
Exploramos a primeira bem-aventurança no capítulo anterior, destacando como ser pobre de espírito significa reconhecer que não temos mérito próprio diante de Deus e dependemos totalmente de Sua misericórdia. Essa compreensão não é apenas intelectual, mas produz uma resposta emocional. Somos confrontados com nossa própria falibilidade, nossa pequenez moral e espiritual, e isso nos leva a um lamento sincero.
Agora, Jesus apresenta a segunda bem-aventurança: “Bem-aventurados os que choram, porque serão consolados.” O choro aqui não é apenas sobre tristeza, mas um choro que surge da profunda compreensão do pecado, tanto o nosso quanto o dos outros.
Muitas vezes, em nossa cultura de entretenimento, associamos o choro à tristeza, mas Jesus nos desafia a ver a dor emocional e espiritual como uma bênção.
Para entender essa bênção, exploramos três aspectos: a causa da dor (a realização do mal em nós e nos outros), a qualidade do choro (uma resposta profunda e sincera) e a compensação (a promessa de consolo futuro).
Para ilustrar, olhamos para a experiência de personagens bíblicos como Davi, Neemias, Daniel e Habacuque, que choraram não apenas por seus pecados, mas pelos pecados do povo.
A mensagem fundamental é clara: a verdadeira felicidade, a bem-aventurança, é encontrada quando nos tornamos sensíveis ao pecado, tanto o nosso quanto o dos outros, e permitimos que essa sensibilidade nos leve a um profundo lamento e arrependimento. Essa dor é uma bênção que nos leva a uma alegria duradoura e consolo divino.
Todos estão no mesmo barco, todos pecaram e carecem da glória de Deus (Romanos 3:23). É essa realidade que nos leva à necessidade de compreender a profundidade do pecado e a dor que ele causa. Cristo está nos chamando para uma sensibilidade que vai além da superficialidade com a qual muitas vezes encaramos o pecado. Ele nos convida a chorar não apenas pelos nossos próprios pecados, mas também pelos pecados dos outros. É um convite para uma empatia profunda, uma compreensão da condição humana manchada pelo pecado.
A qualidade desse choro não é física, mas emocional, espiritual e duradoura. É uma dor que transcende a trivialidade e nos leva a reconhecer a gravidade do pecado. Essa dor é um sinal de consciência aguçada diante da santidade de Deus.
No entanto, vivemos em uma sociedade que muitas vezes banaliza o pecado e suas consequências. A exposição constante ao pecado pode tornar nossa sensibilidade embotada, e perdemos a capacidade de corar diante do que deveria nos envergonhar.
Deus nos adverte sobre a importância de cuidar do que ouvimos e vemos, pois isso molda nossa sensibilidade. A bem-aventurança de chorar pelos pecados, próprios e alheios, vem acompanhada de uma promessa: seremos consolados. Deus, o Deus de toda consolação, está pronto para nos trazer conforto e cura.
A resposta divina à nossa dor não é apenas um consolo momentâneo, mas uma transformação profunda. Ao reconhecermos nossos pecados com sinceridade, Deus nos consola e restaura, conduzindo-nos a uma vida mais alinhada com Sua vontade.
A qualidade do choro revela uma dor profunda e duradoura. E a recompensa para aqueles que choram é o consolo divino, uma promessa de restauração e renovação.
Assim, ao nos aproximarmos de Deus com humildade, reconhecendo nossos pecados e chorando pelos pecados do mundo, experimentamos a bem-aventurança de ser consolados por um Deus que ama restaurar e transformar vidas.
Em meio ao tecido da existência, as palavras de Jesus ecoam, desafiando as noções convencionais de bem-aventurança: “Bem-aventurados os que choram, porque serão consolados” (Mateus 5:4). Este paradoxo divino, que aponta para a bem-aventurança na tristeza, confronta a mentalidade mundana que exalta o riso como o auge da felicidade.

Natã repreende a Davi

Natã conta uma parabola a Davi (2Samuel 12:1-15), Davi percebe que a parábola é sobre ele mesmo, sobre seu pecado. Davi não reconhece imediatamente o mal que fez, mas quando Natã aponta diretamente para ele, dizendo “Tu és esse homem!”, é como se uma lâmpada se acendesse em sua mente.

A dor da consciência do pecado começa a se manifestar. Davi, que antes desfrutava dos prazeres do pecado sem pensar nas consequências, agora é confrontado com a realidade do que fez. Ele sente a dor emocional e espiritual de ter transgredido os mandamentos de Deus.

Essa dor, no entanto, é uma bênção disfarçada. Assim como o paciente de hanseníase que perde a sensibilidade nas mãos, Davi estava insensível ao mal de seus atos. A dor agora o alerta para a gravidade de seus pecados. Ele não podia mais ignorar a verdade. Essa dor é a causa inicial, o despertar da consciência para a realidade do próprio pecado.

A qualidade da dor que Cristo menciona não é uma mera tristeza superficial. É uma dor profunda, uma agonia espiritual que vem da compreensão de que, ao pecar, não apenas desobedecemos a Deus, mas também prejudicamos a nós mesmos e aos outros ao nosso redor. É a dor de reconhecer nossa própria falibilidade e quebrantamento.

No caso de Davi, a dor é intensificada pelo fato de ele ter pecado contra Deus, contra Urias, contra Bate-Seba e contra o povo de Israel. É uma dor complexa que envolve arrependimento sincero e a busca pela restauração.

A compensação para essa dor, no entanto, é a promessa de Cristo: “Prometo abençoá-lo quando sua experiência terminar.” Assim como o paciente de hanseníase pode evitar danos maiores ao sentir a dor, aquele que chora por causa de seus pecados pode experimentar a alegria da restauração e perdão de Deus.

Davi, após reconhecer seu pecado, experimentou o perdão divino, mas isso não significou ausência de consequências. Ele enfrentou desafios e tribulações em sua vida como resultado de suas ações, mas a alegria da reconciliação com Deus estava presente.

Portanto, a causa da dor é o despertar para o pecado, a qualidade da dor é a profunda agonia espiritual do arrependimento, e a compensação é a promessa da alegria da restauração e perdão divino. Nesse contexto, o choro e a dor tornam-se instrumentos de transformação espiritual, guiando-nos para uma compreensão mais profunda de nós mesmos e conduzindo-nos à graça redentora de Deus. O consolo que Deus oferece transcende qualquer alegria terena, transformando o lamento em louvor, as cinzas em óleo de alegria.
Em um mundo repleto de distrações e entretenimento constante, a ideia de sentir uma dor profunda e intensa devido ao reconhecimento do pecado pode parecer estranha e até mesmo distante. No entanto, ao explorarmos as palavras de Cristo sobre a bem-aventurança daqueles que choram, descobrimos um chamado à sensibilidade espiritual e moral, algo que muitas vezes negligenciamos em nossa sociedade moderna.

Davi, um homem que desfrutava do pecado sem considerar suas consequências, teve seu despertar espiritual quando confrontado por Natã. Ao confessar seu pecado no Salmo 51, vemos um Davi que não apenas chora por seu próprio pecado, mas também se entristece profundamente pelos pecados dos outros. Essa sensibilidade para com o pecado é o cerne da bem-aventurança de Cristo.

A causa dessa dor é a perda da ignorância que nos fazia viver em engano sobre nossa condição espiritual. Antes de conhecer a verdade sobre nossos pecados, éramos enganados pelo pecado, como destaca o apóstolo Paulo. Essa perda da ignorância nos leva a uma compreensão mais profunda de quem somos e do que somos capazes de fazer.

A qualidade dessa dor é descrita pela palavra grega “pentheus”, a mais forte para expressar dor. Não é uma dor superficial, mas uma agonia espiritual que nos leva a chorar não apenas por nossos próprios pecados, mas também pelos pecados dos outros. Isaías, ao ter um encontro com a santidade de Deus, experimentou essa dor intensa, reconhecendo sua própria impureza e a de seu povo.

No entanto, em nossa sociedade atual, repleta de distrações e superficialidade, enfrentar essa dor torna-se um desafio. Muitas vezes, buscamos escapar da dor do pecado através de entretenimento, tecnologia ou atividades superficiais. A geração do entretenimento valoriza o riso, a zombaria e a diversão, mas evita profundezas espirituais.

Ao invés de confrontar a dor do pecado, buscamos refúgio em formas de entretenimento que nos distraiam momentaneamente. No entanto, a bem-aventurança de Cristo nos chama a encarar essa dor, a permitir que ela nos transforme e nos leve a uma compreensão mais profunda de nós mesmos e dos outros.

O convite é para que, em vez de fugirmos da dor espiritual, abracemos a sensibilidade que ela traz. Assim como Davi, que chorou por seu próprio pecado e pelo pecado do povo, somos chamados a sentir a dor do pecado e a deixar que ela nos guie para uma vida mais sóbria e compassiva.

Portanto, a bem-aventurança daqueles que choram não é uma mera expressão de tristeza superficial, mas um convite a uma transformação profunda. É reconhecer a perda da ignorância, experimentar a qualidade intensa dessa dor espiritual e, finalmente, receber a promessa de alegria e bênção divina quando essa jornada de sensibilidade espiritual se completa. Que possamos, como indivíduos e como sociedade, redescobrir o valor de sentir profundamente e permitir que essa sensibilidade nos conduza à verdadeira bem-aventurança.

A Profunda Dor do Arrependimento

Na narrativa da igreja primitiva, o autor nos transporta para um cenário onde a prática comum era que as famílias se reunissem após o culto para, enquanto compartilhavam uma refeição, refletirem sobre a mensagem proferida. Contudo, ele ressalta o quão estranho isso se tornou nos dias atuais, onde a tendência é mais voltada para usar a verdade recém-ensinada como mero entretenimento do que como motivo de reflexão.

A observação do autor nos leva a questionar a seriedade que damos à vida e ao projeto monumental que Deus traçou para este planeta. A vida é o projeto divino, concebido pelo Deus onisciente que preenche o universo com Sua glória. Essa constatação nos convoca a encarar a vida como algo extremamente sério, digno de meditação profunda e reflexão constante.

O autor destaca como a exposição constante ao pecado pode corroer nossa sensibilidade espiritual. Referindo-se à advertência de Jeremias 6:15 e 8:12, ele ressalta que, muitas vezes, perdemos a capacidade de corar diante do que antes nos faria corar. O exemplo pessoal de quando certas exposições eram consideradas pornográficas e agora são culturalizadas evidencia como nossa sensibilidade ao pecado diminuiu ao longo do tempo.

No contexto da sociedade de entretenimento em que vivemos, o autor aponta para o paradoxo de rir do que deveríamos chorar e chorar do que deveríamos rir. Ele destaca a epidemia pornográfica como um exemplo gritante dessa inversão de valores, onde, em vez de chorarmos diante da degradação da imagem de Deus, nos tornamos insensíveis, aplaudindo o que deveria nos entristecer.

A mensagem central do capítulo é a necessidade de reconquistarmos a sensibilidade para com o pecado. O autor nos desafia a buscar a Deus, reconhecendo a urgência de vencer a desensibilização que nos impede de chorar diante da transgressão, tanto a nossa quanto a dos outros. Ele destaca a importância de sentir a dor que surge ao reconhecermos a degradação da imagem de Deus em nós e nos outros.

Ao explorar a bem-aventurança proclamada por Cristo, o autor ressalta que a verdadeira dor do arrependimento não é superficial, mas uma experiência profunda e amarga da alma. É uma dor que surge quando nos deparamos com a realidade de nossas ações, quando entendemos o dano causado e reconhecemos a impossibilidade de reverter o passado.

Percebo minha pecaminosidade diante de Deus. A causa da dor está enraizada na consciência do meu pecado, na compreensão de quão longe estou da santidade de Deus. É a percepção de que minha vida não está alinhada com o padrão santo que Deus estabeleceu.

Quando Jesus fala sobre chorar, ele não está se referindo apenas a um lamento superficial. Ele está falando sobre uma dor profunda e genuína, uma tristeza que surge quando nos confrontamos com a realidade do nosso afastamento de Deus. Essa dor é causada pela exposição ao pecado, que gradualmente tira nossa sensibilidade espiritual.

Na sociedade contemporânea, a exposição constante ao pecado, muitas vezes disfarçada como entretenimento inofensivo, tornou-nos menos sensíveis ao que é moralmente correto. Situações que antes nos faziam corar agora são aceitas como normais, e o pecado perdeu sua capacidade de nos causar desconforto.

Isso nos leva à qualidade da dor, à natureza dessa tristeza. Jesus está falando sobre um tipo de dor que vai além do arrependimento superficial. É uma tristeza profunda pela condição da humanidade, pela degradação do que foi criado à imagem de Deus. É uma dor que nos faz reconhecer a gravidade do pecado, não apenas em nós mesmos, mas também na sociedade ao nosso redor.

A qualidade do choro envolve não apenas a tristeza pessoal, mas também uma compaixão pelos outros. É a capacidade de chorar não apenas pelos nossos próprios pecados, mas também pelos pecados da humanidade. Jesus nos chama a chorar não apenas pela nossa condição, mas também pela condição daqueles que nos ofendem. Ele nos desafia a sentir uma dor profunda diante do que é contrário à vontade de Deus.

Finalmente, a compensação pela dor é a promessa de consolo. Jesus diz: “Bem-aventurados os que choram, porque serão consolados.” A consolação de Deus é a resposta à nossa dor. Ele não nos deixa na tristeza, mas oferece conforto, cura e restauração. Essa consolação não é apenas para a dor pessoal, mas também para a dor que sentimos diante da condição pecaminosa do mundo.

Deus é descrito como o Deus de toda consolação, e o Espírito Santo é chamado de Consolador. Isso nos revela a natureza compassiva de Deus, que está pronto para consolar aqueles que reconhecem sua necessidade. A consolação divina não é apenas um alívio temporário, mas uma restauração completa que vem da graça de Deus.

Em resumo, a causa da dor é a consciência do pecado, a qualidade é a tristeza profunda diante da condição humana, e a compensação é a promessa divina de consolo. Chorar, nesse contexto, não é apenas uma expressão de tristeza, mas uma resposta espiritual que nos leva a buscar o consolo de Deus diante da nossa pecaminosidade e da pecaminosidade do mundo ao nosso redor.
A diferenciação entre um arrependimento que leva à salvação e uma tristeza do mundo que produz morte é destacada. O arrependimento genuíno, que surge da sensibilidade à santidade de Deus, leva a uma transformação que está alinhada com a vontade divina. Por outro lado, a tristeza do mundo lamenta perdas temporais sem produzir uma mudança real.

Portanto, que possamos, como discípulos, abraçar a bem-aventurança no choro, reconhecendo que, ao compartilhar nos sofrimentos do mundo, somos moldados à imagem do Príncipe da Paz. Em nossas lágrimas, encontramos a promessa divina de consolo, uma consolação que nos conduzirá a uma alegria eterna e à restauração completa no abraço amoroso do nosso Pai celestial.

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