E, expulso o homem, colocou querubins ao oriente do jardim do Éden e o refulgir de uma espada que se revolvia, para guardar o caminho da árvore da vida. (Gênesis 3:24)
“Farás também um véu de estofo azul, e púrpura, e carmesim, e linho fino retorcido; com querubins, o farás de obra de artista. Suspendê-lo-ás sobre quatro colunas de madeira de acácia, cobertas de ouro; os seus colchetes serão de ouro, sobre quatro bases de prata. Pendurarás o véu debaixo dos colchetes e trarás para lá a arca do Testemunho, para dentro do véu; o véu vos fará separação entre o Santo Lugar e o Santo dos Santos.” (Êxodo 26:31-33)
Desde a queda com o pecado de Adão, houve separação entre Deus e os homens. “Thanatos” no original = morte / separação / inimizade.
O pecado ocasionou essa separação. O homem já não podia estar na presença de Deus; ou seja, o homem estava agora sem vida espiritual, sem a chance de tê-la novamente, pois foi expulso do paraíso para não ter acesso por si só à árvore da vida, totalmente separado da santidade de Deus, afastado de diante dos olhos de Deus, pois havia se tornado o próprio pecado.
O homem estava total, literal e verdadeiramente perdido e condenado à morte eterna.
Mas Deus, sendo rico em misericórdia…
Deus mesmo resolveu o problema impossível para os homens. Como?
Primeiro, de forma temporal, Deus ordenou uma maneira específica de como o homem poderia se aproximar d’Ele para cobrimento de pecados. Mas, ainda assim, essa maneira era de longe. O homem, por si só, não podia se aproximar de Deus; se o fizesse, seria fulminado. Deus ordenou que apenas o sumo sacerdote, uma única vez ao ano, entrasse na presença de Deus, no Santíssimo Lugar, para oferecer sacrifícios pelo perdão de pecados, pelo povo e pela nação de Israel. Esse Santíssimo Lugar era separado do restante do tabernáculo/templo, de onde o povo tinha acesso, por um véu com querubins (exatamente como no Éden, após a expulsão) que impedia qualquer aproximação do homem pecador à presença do Deus santo, santo, santo.
Mas, chegando a plenitude dos tempos…
Deus envia Seu amado Filho Unigênito, e veja o que acontece com essa abismal separação entre Deus e os homens.
Voltemos em nossa mente há dois mil anos. Imagine-se numa Páscoa no Templo de Salomão, em Israel. Você está no átrio do Templo, diante do véu que te separa de Deus, desde sempre, porque você é pecador por natureza e por atos pecaminosos de toda uma vida. E você sabe disso. Sabe que desde o Éden, Deus te proibiu de estar diante d’Ele por causa do pecado. Você olha para o véu e sabe o que isso significa: “Pecador e sem chance alguma de estar na presença de Deus”. A mensagem do véu é clara: “Não há acesso. Você não é bem-vindo aqui.”
De repente, você escuta de longe um grito aterrador dizendo: “Consumado está!”
A terra treme, as paredes se movem, e a coisa mais extraordinária, estupenda, gloriosa acontece diante dos teus olhos: o véu se rasga de cima para baixo. O véu que te separava de Deus. O véu que impedia você de se aproximar de Deus já não existe mais.
Abriu-se um caminho.
Agora você tem livre acesso ao Deus santo, santo, santo.
Tudo por causa da voz de um homem que exclamou: “Consumado está!”
Quem era este homem? De quem era essa voz?
Com certeza, não era sua.
Era a voz do Filho amado de Deus.
Era a obra expiatória consumada realizada pelo Filho de Deus, Jesus de Nazaré. O Cristo, o Messias, o único caminho que nos conduz ao Pai, o responsável por rasgar o véu que nos impedia de estarmos diante da presença de Deus.
O caminho de volta para casa foi aberto por Ele, Cristo e este crucificado.
O dia em que você entender isso, você será salvo.
Pare de buscar em você algo que possa te aproximar de Deus. Não existe nada que você diga ou faça capaz de rasgar o véu.
Que o Espírito Santo os convença desta verdade gloriosa e absoluta.
1 comentário em “Consumado Está: O Caminho de Volta à Presença de Deus”
Que verdade maravilhosa, Deus digno de toda honra e glória amém.