Assine a Newsletter

Você já se perguntou sobre a prática comum de “amarrar” Satanás antes do início de cada culto? Este costume, presente em algumas congregações, merece uma análise à luz das Escrituras para determinar sua validade e fundamentação bíblica.

É fundamental compreender um atributo exclusivo de Deus: a onipresença. Deus está em todos os lugares ao mesmo tempo. Satanás, por outro lado, não possui tal característica. Assim, pensar que é possível “amarrá-lo” simultaneamente em múltiplas igrejas é atribuir a ele um atributo divino — um erro considerável.

A necessidade de liderança embasada na Palavra de Deus é clara. Em 1 Timóteo 3 e Tito 1, Paulo detalha os requisitos para pastores: eles devem ser aptos a ensinar e não podem ser recém-convertidos. A responsabilidade de um pastor inclui um profundo conhecimento bíblico para evitar que heresias se espalhem e desviem os fiéis da verdade.

Assim como não permitiríamos que um médico não qualificado realizasse uma cirurgia, não devemos aceitar pregadores sem preparo. A falta de conhecimento pode ter consequências espirituais graves, conduzindo almas à perdição. Um pastor precisa discernir e ensinar a verdade, protegendo sua congregação de doutrinas errôneas.

Em alguns contextos carismáticos, há a crença de que amarrar Satanás é essencial para um culto eficaz. No entanto, tal prática não encontra respaldo bíblico. A ideia atribui a ele um poder que ele não possui. A Escritura ensina que Satanás deve ser resistido — “Resisti ao diabo, e ele fugirá de vós” (Tiago 4:7) —, mas não fala sobre amarrá-lo.

O que, então, devemos fazer diante das tentações? Paulo nos orienta em Efésios 6:10-18 a vestir a armadura de Deus: cingir-se com a verdade, vestir a couraça da justiça, calçar os pés com a prontidão do evangelho da paz, tomar o escudo da fé, usar o capacete da salvação e brandir a espada do Espírito, que é a Palavra de Deus. Essas são as verdadeiras armas espirituais que nos permitem resistir ao mal. Cristo já conquistou a vitória na cruz; nossa parte é permanecer firmes nessa verdade.

A prática de amarrar Satanás não encontra respaldo nas Escrituras e atribui a ele atributos divinos. Em vez de nos prender a rituais sem fundamento, devemos fortalecer nossa fé no Evangelho e viver em obediência à Palavra. Essa é a verdadeira maneira de triunfar nas batalhas espirituais.

“A tarefa do pastor não é amarrar a Satanás, mas quebrar o ciclo do engano, introduzindo a verdade.” — John MacArthur

 

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Gostou deste post?

Inscreva-se aqui e receba as mensagens em seu e-mail

Compartilhe

plugins premium WordPress
Rolar para cima